27 de mar. de 2011

Fundamentos Bíblicos para Pequenos Grupos

Quando analisamos os escritos inspirados e a história da Igreja Cristã, descobrimos que os Pequenos Grupos fazem parte da visão de Deus para o seu povo. Sobretudo nestes momentos que antecedem a volta de Cristo.
Certos de que a visão é uma paixão que nos transforma e que nenhuma pessoa permanece sendo a mesma quando está cativada por uma visão, faz-se necessário conhecer a visão divina para seu povo na perspectiva dos pequenos grupos. Que a visão Divina se torne a nossa visão...

I – NO ANTIGO TESTAMENTO
(1) A Trindade
Os princípios do ministério dos Pequenos Grupos podem ser encontrados já no 1º verso da Bíblia. a)Gên. 1:1: “ No princípio criou Deus os céus e a Terra”

a)Gên. 1:26: “Façamos o homem à nossa imagem. Este texto confirma a divindade envolvida no processo criativo do homem.

b) O único momento em toda a Eternidade quando a Divindade se separou, foi quando o nosso pecado trouxe Jesus à este mundo para nos resgatar.

(2) Adão/o Homem Em Gên. 2:18,
Deus diz que não era bom que o homem estivesse só.
“Assim como um bebê recém-nascido necessita o amor e a tenção de uma família para um desenvolvimento saudável, assim também um filho de Deus recém-nascido necessita o alimento que só um Pequeno Grupo atento, da família de uma igreja maior, pode dar” Kurt Johson

(3) Moisés Êx. 18:21-23, 26
O pastor Moisés tinha mais de 02 milhões de membros. Eram 603.550 homens, fora as mulheres e filhos. - Através de Jetro, Deus o orientou a formar grupos de mil, cem, cinqüenta e dez, para facilitar a liderança.
- Significa que Moisés precisou de aproximadamente: 60.000 líderes de 10 12.000 líderes de 50 6.000 líderes de 100 600 líderes de 1.000 Total de 78.600 líderes

Nós podemos traçar um paralelo com a igreja adventista hoje para averiguar a importância dos Pequenos Grupos:
- Moisés (Líder de milhões) ? Organizações superiores da IASD
- Grupos de 1.000 ? Distritos Pastorais
- Grupos de 100 ? Igrejas
- Grupos de 50 ? Congregações, (Grupos)
- Grupos de 10 ? Pequenos Grupos

II – NO NOVO TESTAMENTO
(1) Jesus Cristo: Mat. 4:18-22

Jesus veio conquistar o mundo inteiro para Deus. Além disto, tinha facilidade para pregar ás multidões, mas Ele escolheu dedicar a maior parte de seu tempo ao pequeno grupo de 12 discípulos.
LIÇÕES:
(1)
O número 12 é interessante. Os sociólogos dizem que uma vez que o grupo se torna maior que 12 pessoas, muda a dinâmica e adquire tamanho médio.
(2) Jesus passou a maior parte de seu tempo em cenários de uma só pessoa e em grupos pequenos.
(3) Cristo não estava tão preocupado com as multidões, mas com os homens à quem as multidões seguiriam após sua partida. Por isso escolheu associar-se intimamente com os 12 discípulos.

(2) A Igreja Cristã Primitiva:
- Os cristãos primitivos chamavam a igreja de “os da família da fé” (Gál. 6:10), “a família de Deus” (Efés.2:19) e “casa espiritual” (I Ped. 2:5)
- Isto porque a igreja apostólica era a igreja dos lares:
- A igreja na casa de Maria, mãe de Marcos (Atos 12:12)
- A igreja na casa de Priscila e Áquila (Rom. 16:3-5 e I Cor. 16: 19)
- A igreja na casa de Filemon (Filemon 2)
- A igreja na casa de Ninfa (Col. 4:15, Atos 2:41-47)
- Os crentes se reuniam diariamente no templo e nas casas (Atos 5:42)
- As casas eram a espinha dorsal da estrutura da igreja.

a) Edito de 64 A.D..
- No ano 64 A.D., 33 anos depois da morte de Cristo, O imperador Nero declarou que “os cristãos e outras seitas específicas não podiam edificar igrejas ou outros lugares públicos de reunião.”
- Nos governos de Trajano e Domiciano, a perseguição à igreja e a proibição dos cultos públicos continuaram.
b) Edito de 313
- No século IV Constantino se converteu e declarou o cristianismo como a religião oficial do Império Romano. - Em 313 A.D., o imperador publicou um Edito ordenando a restauração imediata e total das propriedades confiscadas da igreja. - Construiu-se imediatamente igrejas magníficas em Jerusalém, Belém e Constantinopla.
Os cristãos passaram a se reunir nos edifícios das igrejas e em lugar da reunião semanal dirigida por membros leigos, agora os membros assistiam a um serviço dirigido por um sacerdote. O papel do clero (apóstolo/pastor) mudou de evangelista superintendente e fundador de igrejas para líderes de culto e pregadores. O papel dos leigos passou de testificadores para expectadores e ouvintes.
c) Como era a igreja do 1º Século, cheia do Espírito Santo?
1.Os crentes dedicavam-se ao ensino dos apóstolos (Estudo da Bíblia)
2.Havia comunhão entre os crentes (tinham amor, eram solícitos, se fortaleciam mutuamente)
3.Partiam o pão juntos (tomavam refeição em conjunto)
4.Oravam juntos
5.Faziam maravilhas e sinais (conversões, curas)
6.Todas as coisas em comum (hoje precisamos ajudar os que não tem trabalho, dinheiro e lar e criar programas de reabilitação para alcoólatras, drogados, fumantes, e lares desestruturados)
7.Mantinham reuniões pequenas nos lares e as grandes reuniões (templo e praças)

III – ELLEN WHITE
Ellen White veio da igreja metodista e pôde conhecer os ensinos de Wesley sobre os Pequenos Grupos.
Com o tempo, o movimento de Wesley chegou à América do Norte. O programa consistia em reuniões públicas combinadas com as pequenas reuniões nos lares.
Ellen White reconheceu os benefícios espirituais positivos do ministério dos Pequenos Grupos e mais tarde, na Austrália entre 1.891 a 1900, presenciou o movimento galés que se fundamentava através dos programas de Pequenos Grupos.
Deus deu à Sra White muitas instruções sobre o valor dos Pequenos Grupos para a igreja:
“A formação de Pequenos Grupos como base do esforço cristão, é um plano que foi apresentado diante de mim por Aquele que não pode enganar-se. Se há um grande número de irmãos na igreja, organizem-se em grupos pequenos, para trabalhar não somente pelos membros da igreja mas sim pelos não-crentes também." (Evangelismo pg, 89)
“Nessas pequeninas reuniões, o próprio Cristo estará presente segundo prometeu e os corações serão tocados por Sua graça.” (Serviço Cristão, pg. 122)

IV – OS PEQUENOS GRUPOS PARA O TEMPO DO FIM
(1) Estudos revelam alguns dados interessantes sobre a Igrejas nos Estados Unidos e refletem algo da nossa realidade no Brasil.
a) 80% dos membros são consumidores apenas, assistem à igreja e 20% somente estão envolvidos em um ministério.
b) Se uma igreja tem mais de 15 anos, pode se esperar 3 novos conversos por ano para cada 100 membros.
c) Se uma igreja tem menos de 03 anos, pode se esperar 10 conversos para cada 100 membros.
d)
Igrejas novas crescem em média 10 vezes mais que as igrejas antigas.

(2).Outros estudos revelam que um membro que se batiza na igreja necessita desenvolver um mínimo de 7 amigos íntimos durante seu 1º ano, ou provavelmente apostatará.

(3) Crescimento da população:
a) A população mundial no tempo de Cristo era equivalente à dos EUA em 1.995
b) Na época de Lutero (séc. XVI), havia se duplicado (após 1500 anos)
c) Em 1.800 AD, 300 anos depois duplicou-se novamente.
d) Em 1.930, 130 anos mais tarde duplicou-se outra vez.
e) No ano 2000 duplicou-se outra vez - em 70 anos.
f) Prevê-se que em menos de 50 anos voltará a duplicar-se.
g) O desafio de alcançar todas as pessoas com o evangelho nos aponta à necessidade de métodos mais eficazes.

(4) Características das pessoas hoje:
Outra informação que os dados nos dão, é que as pessoas hoje se caracterizam por viver em seu próprio mundo: preferem estar em suas casas de preferência à ir à uma reunião pública. E por isso o melhor evangelismo é o relacional ou baseado em relacionamentos.

(5) Brad Smith diz que a tendência da igreja no século XXI, é voltar-se para Efésios 4, ou seja, equipar e treinar seus membros para que testifiquem e busquem as pessoas onde elas estão.

(6) Os Pequenos Grupos para o tempo do fim.
- Os Pequenos Grupos são o sonho de Deus para sua igreja no tempo do fim, para atender às necessidades da igreja e do mundo atual a fim de preparar os sinceros para encontrá-Lo.
- Além disto, como na igreja primitiva, com o derramamento do Espírito Santo na Chuva Serôdia
- Haverá tantas conversões que não conseguiremos construir igrejas suficientes para atender a todos, teremos que atender os membros nas reuniões de lares.
- Virá perseguição e as reuniões públicas serão impedidas.
- Na vida de oração, testemunho, estudo da Bíblia e relacionamento mútuo de um Pequeno Grupo está o Sonho de Deus para os desafios finais da história de Seu povo.

- Kurt Johson pondera: “Para ser fiel às Escrituras e à Ellen White, os Pequenos Grupos não podem permanecer como uma parte opcional da vida da igreja. Os Pequenos Grupos devem chegar a ser ponto central ao redor do qual girem os outros eventos da igreja. Os grupos pequenos evangelizam, alimentam e apoiam aos membros em seu ministério. Uma vantagem é que o pastor poderá supervisionar muitas igrejas de uma maneira mais fácil, porque os membros da igreja ministrarão os membros dos grupos.”

SITE
http://www.pequenosgrupos.org.br

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